COM PROBLEMAS DE ESTRUTURA E GESTÃO, A INDÚSTRIA GRÁFICA BRASILEIRA ESTÁ LONGE DA LUCRATIVIDADE

em terça-feira, 27 de fevereiro, 2018

Empresários estão otimistas para os próximos anos, mas número de gráficas do país que investem em processos de informação ainda está bem abaixo da média global, embora tenhamos excelentes parceiros no Brasil.

NUNCA FOI TÃO IMPORTANTE ESTAR BEM INFORMADO

O longo caminho da Indústria 4.0 no Brasil. – Funcionários levando papel de uma máquina a outra? Praticamente nenhum. Tudo é digital. Um sistema de esteiras transporta os itens etapa a etapa. Se precisar acelerar ou frear a produção, um software o fará automaticamente. Os humanos ficam na parte criativa: criam os desenhos, monitoram o processo e se lambuzam com as informações fornecidas pelas máquinas. Parece cenário futurista, mas uma em cada oito empresas no mundo está neste caminho. No Brasil, somente uma em cada trinta.

A INDÚSTRIA DO FUTURO

Os números de uma recém-divulgada pesquisa da PricewaterhouseCoopers (PwC) com 2 mil empresários em 26 países revelam a lentidão brasileira para se adaptar à “indústria do futuro”, em que as operações (do contato com fornecedores à produção e venda) são digitalizadas e a análise de dados é a espinha dorsal do negócio, por exemplo.

A INDÚSTRIA 4.0 ganhou esse nome por representar uma nova mudança nos sistemas de produção. Relembre outras revoluções:

Indústria 1.0 (1784) - As máquinas a vapor permitiram o desenvolvimento das primeiras grandes indústrias, como a têxtil.

Indústria 2.0 (1870) - A energia elétrica levou à produção em massa, baseada em linhas de montagem. A mão-de-obra humana passou a se especializar em determinadas tarefas.

Indústria 3.0 (1969) - Graças à robótica e informática, robôs e maquinários passaram a substituir parte da mão-de-obra humana em muitas das tarefas repetitivas. As fábricas se tornaram mais autônomas.

INDÚSTRIA 4.0 (2011)

Com o desenvolvimento da inteligência artificial, Internet das Coisas e armazenamento em nuvem, os softwares e algoritmos ganham força nas fábricas. As máquinas se tornam mais inteligentes e independentes. O papel dos humanos passa a ser de monitoria, supervisão, análise e criação.

O nome técnico é “Indústria 4.0” (ou “manufatura avançada”), um termo que virou quase palavrão ao ser exaustivamente associado a robôs “roubando” empregos de humanos. Se por um lado a perda de postos de trabalho (sobretudo os de baixa qualificação) parece inevitável, esta tecnologia torna a produção mais eficiente e menos agressiva aos recursos naturais.

Ainda assim há otimismo. Por aqui, os industriais ouvidos na pesquisa projetam se enquadrar na tendência mundial em cinco anos, com 62% das fábricas altamente digitalizadas (Talvez 10% das Gráficas). Só que com investimentos modestos se comparados à média global. Enquanto 21% dos empresários brasileiros afirmam que vão investir mais de 6% de seus recursos em inovação tecnológica, no mundo, a média de industriais é 43%. O caminho brasileiro é tortuoso. Tem os entraves que todos conhecem. Infraestrutura, falta de política de inovação, ambiente macroeconômico desfavorável.

Cenário bem diferente da Alemanha, onde o conceito surgiu, em 2011, e se desenvolve a passos largos. A educação também é fundamental. Se não há mão-de-obra especializada para trabalhar neste contexto, não vai dar certo. Infelizmente a formação brasileira atual não inspira a inovação. Além disso, só 5% dos egressos de faculdades brasileiras são engenheiros, a área mais impactada na mudança.

Quem está na corrida, porém, pode crescer mesmo em cenário de crise. Investir na Indústria 4.0 é uma solução para se destacar. Cada vez mais os custos com produção, mão-de-obra e energia pesam na indústria. Se melhorar a eficiência, faz muito mais consumindo bem menos.

Somente uma em cada dez empresas brasileiras investe em operações digitais (digitalização), parte fundamental da Indústria 4.0 ENQUANTO NA Indústria Gráfica, este conceito começa a ser difundido há pouco tempo por poucas empresas de consultoria e fornecedores de sistemas ERP.

VAMOS NOS VOLTAR NA ÁREA DE GESTÃO DE NOSSAS EMPRESAS, PARA O BIG DATA, ou seja, a capacidade de processar e entender a grande quantidade de dados fornecida por máquinas, sistemas de vendas e de controles internos de nossas gráficas bem como do mercado que temos à disposição.

Tenhamos consciência de que se nada fizermos, nada colheremos.

A TODOS OS NOSSOS VOTOS DE UM BOM FINAL DE ANO, BOAS FESTAS A TODA A FAMÍLIA, ENTREM COM O PÉ DIREITO EM 20I8 COM MUITA SAUDE, ALEGRIAS E DISPOSIÇÃO PARA VENCER.

SÃO OS VOTOS DA EQUIPE PRINTCONSULT.

*Thomaz Caspary é consultor de empresas Coach e, diretor da Printconsult Ltda. – tcaspary@uol.com.br – (11) 3167-6939) e (11) 99105-2776.